quinta-feira, 16 de junho de 2011

"BRASIL SEM MISÉRIA" É INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO


Reinventar a Educação é valorizar o cotidiano dos alunos.  É fazer com que a as experiências e as vivências deles façam parte do dia-a-dia na escola.

Por isso, em cada lugar, cada região, a Educação tem uma identidade própria, variável conforme os saberes de sua cultura.

A principal premissa que sustenta esse pequeno argumento é que a Educação está em todos os lugares e no ensino de todos os saberes.

Não existe, portanto, um modelo único de Educação e a escola não é o único lugar onde ela ocorre.  Muito menos, o professor é o seu único agente.

No que tange à Educação escolar - muito embora sistematizada e intencional  -,  esta deve, tanto quanto possível, fazer uso das experiências anteriores de seus clientes. Além disso, em primeiro lugar, se faz necessário que os alunos possam estar dentro da escola, para, depois, fazer com que ela cumpra o seu papel.

Hoje, pode-se afirmar que um dos pontos fracos da Educação Brasileira está nos seus agentes (professores), que, inconscientemente ou não, reproduzem ideologias que atendem a interesses de grupos isolados da sociedade.  No nosso caso, a grupos minoritários e dominantes da sociedade capitalista, ferrenhos defensores das desigualdades e da exclusão social.

Não quero aqui discutir o surgimento da escola e nem seus objetivos naquela época, mas é inegável que, de lá pra cá, muito pouco mudou.  Mesmo já havendo um consenso de que a Educação constitui um fato social, sua prática ainda não conseguiu libertar-se dos ditames e interesses da dominação capitalista. 

Nos 8 anos do governo Lula, a ascensão de parcela da população à classe média e a saída de outra da pobreza extrema, podem ser considerados passos importantes na ação de Educar.

Atualmente, o programa de governo da Dilma denominado “Brasil sem miséria”, tem rumos semelhantes, uma vez que a miséria é fator impeditivo para a Educação.

No entanto, ainda estamos muito longe de uma situação que possa ser considerada razoável. Faltam investimentos para melhorar a estrutura física das escolas, adquirir meios e equipamentos pedagógicos de alta tecnologia e, principalmente, investir nos agentes que fazem com que a Educação verdadeiramente aconteça:  os professores.  Estes últimos carecem de permanentes possibilidades de reciclagem, atualização, requalificação, aperfeiçoamento por intermédio  da formação continuada e, muito especialmente, de remuneração decente.

Somente assim,  a dominação capitalista poderá encontrar uma maior resistência política por parte da sociedade dentro de mais alguns anos.

Gosto, particularmente, de uma expressão cunhada por Paulo Freire em um de seus livros.  Nenhuma outra afirmação consegue ser tão abrangente e universal do que esta:  

“Educar é preparar para o mundo!”
(Da obra "Educação e Mudança"  -  Paulo Freire)

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