Caetano Veloso, um dos líderes do movimento, definiu a Tropicália como "o avesso da Bossa Nova". Para mim, foi o avesso da Jovem Guarda e do rock pop dos Beatles. A Bossa Nova já havia cedido espaço para a "açucarada" e alienada Jovem Guarda e a "beatlemania", que também levava à alienação, povoava a cabeça da juventude brasileira. Eu mesmo, quase fui vítima da "beatlemania", quando recém-chegado ao Rio.
Da Tropicália, participaram inicialmente Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Capinam, Torquato Neto e outros, como compositores e letristas. Como intérpretes, além desses, tivemos Os Mutantes, Gal Costa e Nara Leão.
Não se pretendia sintetizar um estilo musical, mas instaurar uma nova atitude diante do status quo vigente, com uma intervenção crítica na cena cultural do país, que vivia os tempos da Ditadura. Somava-se assim, a Tropicália, à MPB politizada, na luta por melhores dias.
Os Festivais da MPB, organizados pela TV, foram os palcos principais da Tropicália.
Duas composições que são consideradas "marcos" da Tropicália:
Alegria, Alegria - Caetano Veloso
Domingo no Parque - Gilberto Gil e Os Mutantes
(Veja onde estava a Rita Lee naquela época).
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