terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RAZÃO E MARTÍRIO


Amaldiçôo e desprezo minh'alma pela instrução recebida.

De que me serve o conhecimento sorvido nas leituras que varavam noites.

E a visão concreta de lugares tão diferentes e tão iguais.

E a visão dilatada da íris do meu olho que vê, além do que alguém possa fazer ou dizer...

Não há sofrimento ante a incapacidade de compreender...  quando não  se é capaz de emitir juízo...

Ainda hoje, em pleno século XXI, observo minha gente adormecida; anestesiada pelo rufar de atabaques e por odes cujas letras nada expressam.

Musicalidade alienante, engendrada e fomentada pela mídia insidiosa controlada pelas hordas opressoras de outrora.

Ao invés de lamentos, deveria render louvores, às  mudanças e libertação do meu eterno espírito através dos tempos; pela excreção dos atavismos, que deu morada à razão.

Mas, essa mesma razão, martiriza... fere... flagela.

 

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