segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PARA ONDE VAMOS, ILHÉUS? - Israel Nunes

Para onde vamos, Ilhéus?   -   Por: Israel Nunes

LEIA   AQUI     EXTRAORDINÁRIO ARTIGO DO ISRAEL.

Eu poderia responder ao Israel numa frase: “Para o reino de Momo, já que tudo é fantasia.”

Mas, vou arriscar outras considerações...
Observa-se uma espécie de esquizofrenia nas “Terras do Sem-Fim”. Nas tocaias humanas, não se trocam mais chumbos. Os chumbos foram trocados... Trocados pelos discursos pusilânimes dos enganadores, sem caráter e sem fé!

Experimentemos usar a folia "momesma" que se aproxima para definir dois perfis dos habitantes das “Terras do Sem-Fim”  -  entendidas como, não somente Ilhéus, mas toda a Região Cacaueira.

Comecemos com a pergunta: “Com que máscara algumas pessoas que você conhece vão brincar o próximo Carnaval?”

Não sabe!?

Vamos fazer um teste pra descobrir?

Mas... cuidado! Você poderá descobrir que anda vestido com a máscara dos iníquos!

Tudo bem, não pense em si mesmo por agora! Pense em pessoas que você conhece. No final, vou convidá-lo à autocrítica.

A pessoa que você pensou é um daqueles que anda vestido com máscara do “Quero me servir do meu povo!”, ou um idealista que afirma, “Aspiro servir ao meu povo!”?

Se você colocou a primeira máscara, ele é um capadócio. Se a segunda, é um poço de águas limpas.

Vende suas opiniões no mercado dos oprimidos, está a serviço dos grupelhos, dos que pagam mais, e prospera enganando os menos esclarecidos? 

Ou é um apologista das idéias tiradas da experiência dos anos, que aplica em sua própria vida?

Se você vestiu a primeira máscara no cara, ele não passa de um propagador de sofismas e falsidades e está a serviço das trevas! Se foi a segunda, ele é verdadeiro e suas opiniões, seus escritos, merecem crédito.

É um político pretensioso que levanta a cabeça acima de todos, enquanto sua mente se perde nas cavernas do passado, vestida com os farrapos dos séculos e realizando acordos espúrios?  

Ou é alguém que tem um pensamento límpido, que define o que útil ou nocivo ao seu povo e se dedica a promover o útil e destruir o nocivo?

Você deve conhecer muita gente que anda vestida na primeira máscara todos os dias do ano. Os primeiros não passam de farsantes ridículos que provocam nosso sorriso quando choram e nosso pesar quando riem. Os da segunda opção são uma visão luminosa aos nossos olhos e um desejo suave em nossos corações e uma esperança divina em nossos sonhos.

Sendo você uma pessoa do bem e compromissada com o bem-estar coletivo, certamente, viu-se vestida sempre com a segunda máscara.
Para grande número de pessoas que você conhece - incluindo governantes de sua cidade -, deve ter escolhido a primeira.

Agora, se você descobriu que a primeira máscara também lhe serviu, segue uma sugestão:  

Interroga tua alma na quietude da noite e decida se quer permanecer ligado aos de ontem ou marchando com os libertos de hoje, e estendendo as mãos aos libertos do amanhã.
Os filhos de ontem, equilibram-se numa corda podre, que breve arrebentará e os lançará no abismo sombrio do esquecimento. Seus pensamentos e declarações e ações e omissões e aspirações e inventos e deliberações e feitos... nada mais são do que grilhões enferrujados que os puxam para baixo! Por suas fraquezas e iniqüidades, não resistirão aos empuxos que os levarão às trevas. Pode-se dizer que hortaliças plantadas em terras secas durarão mais do que a pérfida negociata que arquitetam a cada dia.
Os filhos do amanhã são os que ouvirem o apelo da vida e o seguirem com passos firmes e cabeças erguidas. São lâmpadas que não se apagam, sal que o tempo não estraga, sonhos que o despertar de cada manhã não dissipa. São os que nascem em casebres e morrem em palácios de sabedoria. São como sementes atiradas na terra fértil... que, à face do Sol, brotarão regadas pelas águas deste Verão. Tornar-se-ão árvores gigantescas, cujas raízes atingirão o coração da Terra e cujos ramos se estenderão a todos os cantos do Universo!
Aos iníquos e perversos, lembro que o rio continua a correr para o mar mesmo quando suas águas são represadas; que a muda de coco plantada nas areias pelo ilhéu, nas areias quentes de nosso litoral, viverá mais do que todas as suas falsas realizações.
Os probos e justos, que se vestem na segunda “máscara”, são a verdade genuína e desnuda que se olha num poço de águas claras e vê seu rosto sereno e seus traços abertos! São os que marcham com passo firme rumo à verdade e a perfeição! Entre estes, vê-se o ilhéu, semeador do amanhã, qual pequenina semente, que se transformará em floresta.
O futuro não se delineará pelos frutos podres dos enganos, da prepotência e da ambição. Esses maus sentimentos ainda superam a dignidade, o respeito e o amor ao próximo, contudo... O BEM VENCERÁ!

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