domingo, 27 de março de 2011

INFLUÊNCIA DOS SUPER-HERÓIS

Hoje, como no passado, nossas crianças vivem fascinadas pelas aventuras dos super-heróis.  Do meu tempo para cá, novos paladinos da justiça foram surgindo, mas os antigos não morreram nem foram morar em asilos.  Ainda podemos ver nas telas do cinema e da TV os poderosos Super-Homem, Homem Aranha, Batman e outros.  

Entre os novos, destaque para o Ben-10, um menino capaz de assumir diversas formas a depender da situação e de um simples toque no seu misterioso relógio.

O que não mudou mesmo foram as sensações e os sentimentos que os Super-Heróis despertam nos pequenos. Estava diante da TV assistindo a um evento esportivo quando se aproxima Carlos Bernardo, meu pequeno de pouco mais de 4 anos.  

-  Papai, eu quero prender um ladrão!

-  Humm!  -  Eu resmungo como resposta e permaneço preguiçosamente recostado no sofá da sala.

Carlos Bernardo, então, pega-me por um dos braços e dá uma sacudida.

- Papai, você não me ouviu? Eu quero prender um ladrão!

- Ouvi sim filho...  -  Respondo ainda de forma displicente e sem demonstrar muito interesse pela conversa. 

Para ver se ele me deixava ver o jogo, tento estimulá-lo.  

-  Olha lá filho, vai sair um gol... Você não quer sentar e assistir ao jogo com o paizão?

- Não Papai... Eu quero é prender um ladrão!  

- Tá bom filhão!  Mas quem prende ladrão é a polícia!  -  Digo, ingenuamente.

- Não papai, quem prende os ladrões são os super-heróis.  Eles são do bem... os ladrões e os monstros são do mal.

- Tá bom cara... mas você não é um super-herói e...

- Mas eu quero ser!  -  Interrompe Carlos Bernardo.

Como já não vinha mais prestando atenção no jogo, aproveitei a deixa para conversar com ele um pouco sobre a luta do bem contra o mal.  Contudo, o que mais me marcou naquele momento foi a constatação de que as aventuras dos super-heróis continuam a fazer parte do cotidiano das crianças, da mesma forma que  fazia parte da minha no passado e despertando os mesmos sentimentos.  O sentimento de justiça, de não permitir que o malfeitor saia impunemente no final da estória.  Com a diferença de que na minha época o principal canal era o gibi. Outra constatação é que alguns super-heróis que já deveriam estar  usando bengalas, encostados pelo INSS, morando em asilos ou até mortos, estão vivinhos da silva e ainda lutando contra as injustiças. Entre eles estão o Homem-Aranha, o Batman e o Superman. Sinto a ausência do Mai Thor, He-man, Capitão Marvel Thundercats e Flash Gordon.





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