Hoje, como no passado, nossas crianças vivem fascinadas pelas aventuras dos super-heróis. Do meu tempo para cá, novos paladinos da justiça foram surgindo, mas os antigos não morreram nem foram morar em asilos. Ainda podemos ver nas telas do cinema e da TV os poderosos Super-Homem, Homem Aranha, Batman e outros.
Entre os novos, destaque para o Ben-10, um menino capaz de assumir diversas formas a depender da situação e de um simples toque no seu misterioso relógio.
O que não mudou mesmo foram as sensações e os sentimentos que os Super-Heróis despertam nos pequenos. Estava diante da TV assistindo a um evento esportivo quando se aproxima Carlos Bernardo, meu pequeno de pouco mais de 4 anos.
- Papai, eu quero prender um ladrão!
- Humm! - Eu resmungo como resposta e permaneço preguiçosamente recostado no sofá da sala.
Carlos Bernardo, então, pega-me por um dos braços e dá uma sacudida.
- Papai, você não me ouviu? Eu quero prender um ladrão!
- Ouvi sim filho... - Respondo ainda de forma displicente e sem demonstrar muito interesse pela conversa.
Para ver se ele me deixava ver o jogo, tento estimulá-lo.
- Olha lá filho, vai sair um gol... Você não quer sentar e assistir ao jogo com o paizão?
- Não Papai... Eu quero é prender um ladrão!
- Tá bom filhão! Mas quem prende ladrão é a polícia! - Digo, ingenuamente.
- Não papai, quem prende os ladrões são os super-heróis. Eles são do bem... os ladrões e os monstros são do mal.
- Tá bom cara... mas você não é um super-herói e...
- Mas eu quero ser! - Interrompe Carlos Bernardo.
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