Escrito por A Perola do Mamoré |
Qui, 03 de Maio de 2012 12:23 |
Brasília
A
intensa movimentação de tropas próximo à fronteira causou apreensão nos
países vizinhos. Brasil enviou representante para esclarecer eventuais
temores com a operação
Além dos 8.700 militares, a "Agata 4" contará ainda 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões
O
governo brasileiro iniciou ontem uma megaoperação para combater
narcotráfico, garimpos ilegais e desmatamento irregular na fronteira
norte da Amazônia. O Exército chegou a enviar um representante a países
vizinhos para esclarecer eventuais temores com a operação.
A
realização da "Agata 4" foi uma determinação da presidente Dilma
Rousseff. Três ações semelhantes já foram realizadas no centro-oeste e
no sul em 2011 e mais duas devem ocorrer ainda em 2012. O objetivo da
operação será destruir garimpos e pistas de pouso ilegais, além de
"sufocar" o tráfico de maconha e cocaína que possui rotas de entrada no
Brasil pelo norte da fronteira.
A
ação, denominada "Agata 4", levará 8.700 militares para a fronteira do
Brasil com Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Serão usados
ainda 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões. A região é considerada o
ponto fraco da Amazônia, por ter 5.500 km de fronteira seca e poucas
guarnições das Forças Armadas. A perspectiva de intensa movimentação de
tropas próximo à fronteira causou apreensão nos países vizinhos.
Porém,
segundo o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado Maior Conjunto
do Ministério da Defesa, a ação não é uma demonstração de força. Equipes
diplomáticas visitaram os governos vizinhos para assegurar que a
manobra não tem caráter hostil. A ação ocorrerá apenas em solo
brasileiro e visa fortalecer a presença do Estado em uma das regiões
mais remotas do país.
Contudo,
apesar de oficialmente não ter objetivo geopolítico, a operação Agata
também não é um mero exercício militar. "É uma operação real, os
militares levarão munição real e podem ocorrer tiros reais", disse o
general.
Segundo
o Ministério da Defesa, a operação "Agata 3", realizada em Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Rondônia em 2011, bloqueou a passagem de
criminosos pela fronteira e causou um do preço das drogas no mercado
negro. De acordo com estimativa da pasta, só no Mato Grosso a elevação
foi de 60% em Cárceres e 100% em Cuiabá.
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