A CPMI do Cachoeira
Por Valmir Fonseca
Já nos perguntaram: e a CPMI do Cachoeira? À
indagação, valemo - nos de uma entrevista realizada por uma TV, na manhã de uma
2ª feira, em frente ao Conjunto Nacional, conhecido shopping central situado
próximo à cabine do piloto da “aeronave Brasília”.
O repórter, aleatoriamente, abordou dez transeuntes
com três perguntas. A primeira foi quem venceu o BBB 12? Dos perguntados, oito
responderam, acertadamente, embora três tenham discordado quanto à escolha do
populacho. Cinco se empolgaram com a disputa, tanto que telefonaram para a
emissora em favor de seu candidato. Como afirmaram, não se importaram em pagar
a ligação, pois julgaram estar cumprindo um dever de cidadania.
Um, afrodescendente e candidato à UnB, de
preferência sem o concurso, mostrando - se mordaz, garantiu que o vencedor foi
o Bial. Outro, conhecido bêbado, não assistiu, pois estava concentrado numa
garrafa de cachaça. Portanto, concluiu o repórter, a audiência do programa na
final foi de 90%.
A segunda pergunta foi sobre o STF. Como incentivo,
o entrevistador dava uma palhinha e traduzia uma parte do mistério. É o Supremo
Tri...., mas a tchurma não conseguia desembocar no resto. Conclusão
irrebatível, nenhum dos entrevistados sabia o que era, quem era, nem para o que
servia. Portanto o repórter concluiu que a audiência ou a credibilidade daquela
repartição governamental foi de 0%.
A terceira foi sobre a CPMI do Cachoeira. Dos
entrevistados, quatro não tinham a menor ideia do que significava CPMI. Três
arriscaram opinar sobre Cachoeira. Um alegou que deveria ser um acidente
topográfico, outro, um acidente geográfico, e o terceiro palpitou que seria uma
pequena cascata d’água.
O oitavo, mostrando sapiência, arriscou que seria
uma investigação sobre um tal de Cachoeira, conhecido bicheiro de Goiânia. O
nono, do PT, esbravejou que agora os outros partidos iam “si fu”. O décimo era
o nosso já conhecido bêbado, que vomitou ao ser perguntado, não sabendo o
repórter se por nojo da futura maracutaia ou por desconforto estomacal. Portanto,
por conclusão do repórter, o índice de audiências foi de 10%.
Diante dos resultados acachapantes, constatamos que
a turba é fã do BBB, mas não está ligada aos arroubos de justiça do STF, nem à
CPMI do Cachoeira.
Nós, por óbvio, e sovados por portentosas CPI e CPMI
de triste memória, e comédias, farsas e pizzas nos fornos do Teatro do
Congresso Nacional, temos a premonição de que assistiremos a um espetáculo
recheado de canastrões, onde serão sacrificados os patifes de outras
panelinhas, que para a sua desgraça não compactuaram com a turma da maioria
governamental, e o Cachoeira, é lógico.
Dizem que o Cachoeira sabe cobras e lagartos, coisas
de arrepiar.
Já vimos este filme. Por mais que ele fale e prove,
nada na face da terra existirá, senão for do interesse da alta cúpula.
Nada perdurará que um retumbante NÃO dos acusados
pelo indigitado Cachoeira não destrua, fragorosamente. O STF não decidiu que
nem todos são iguais?
Meus amigos, sobre a CPMI do Cachoeira, sabemos que
só chegará onde os interesses da alta cúpula da esbórnia forem atendidos. O
resto é mera especulação.
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do
Ternuma, è General de Brigada Reformado.
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