Acredite se quiser! A Câmara de Ilhéus aprovou e o prefeito passou o jamegão!
Uma "Lei" que obriga os estudantes das escolas públicas municipais a rezarem o "Pai Nosso".
Estupefato, leio comentários de leitores do Pimenta achando que a "Lei" é boa! Que não fere os princípios constitucionais!
Sou Cristão! Oro com o Pai Nosso, deixado pelo Mestre. Mas isso não significa que as demais pessoas sejam "obrigadas" a fazer o mesmo!
Não se pode tornar um rito cristão obrigatório a toda a população. Ainda que só existisse um único brasileiro não-Cristão, a Lei seria inconveniente e inconstitucional.
Um favorável à "Lei" (comentando no Pimenta) tenta justificar sua aprovação com o termo "...pois a esmagadora maioria é católica”. Ora, como aplicar princípios democráticos a casos que envolvam religião, opção sexual, ou outras escolhas de fôro íntimo e do livre arbítrio?
No presente caso, a “Lei” obriga a que todos os alunos, cristãos ou não, “rezem” a belíssima oração deixada pelo Cristo. O que representa um desrespeito e até uma violência àqueles que professam outros credos não baseados na Doutrina do Cristianismo.
Não se deve esquecer que nossa legislação educacional já estabelece como disciplina o “Ensino Religioso”, no Ensino Fundamental das escolas públicas. Entretanto, a matrícula do aluno nessa disciplina é FACULTATIVA.
Convém sempre lembrar que a intolerância religiosa e a tentativa de impor um único credo religioso (na Idade Média), resultou num dos maiores genocídios registrados pela História da Humanidade. E olhem que esse credo tinha (e ainda tem) suas bases no Cristianismo!
Vamos imaginar que a maioria dos vereadores e o prefeito de uma determinada cidade brasileira fossem mulçumanos (ou hinduístas, ou budistas, ou xintoístas…) e, nessa condição, aprovassem e sancionassem uma Lei obrigando aos nossos filhos (estudantes) a praticarem os ritos de uma dessas religiões! Analisando por esse ângulo, estaremos nos colocando no lugar dos que não são Cristãos e tem filhos estudantes nas escolas públicas ilheenses.
Portanto, continuemos (nós) orando com o Pai Nosso, ensinado pelo Mestre, e deixemos aos demais suas próprias escolhas! E que Deus nos proteja a todos!
Souza Neto
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