Estudo realizado por pesquisadores da USP, apontam que 266 mil professores da Educação Básica do país possuem uma segunda ocupação fora do ensino. Isto é, um “bico”.
Souza Neto
Sem esse chamado "bico", muitos professores não conseguiriam sobreviver somente com os salários provenientes da atividade magisterial.
A pesquisa só considera "bico" quando a atividade extra do professor não é docente.
Aproveito para dar meu pitaco.
Sou professor, ou melhor “sofressor”, e não faço “bico”.
Não faço porque antes do magistério passei 30 anos em uma das Forças Armadas e, por isso, tenho outra renda.
Se não tivesse, certamente, estaria também a fazer “bicos”.
Acredito que a situação seja ainda pior do que a retratada na pesquisa.
É que os pesquisadores só estão considerando na conta de “bico” as atividades remuneradas alheias à docência. Como vendedor, por exemplo.
Deveriam considerar que o professor que é efetivo em uma Unidade Escolar – onde normalmente tem salário fixo -, e, além das 40 horas ou mais semanais nessa unidade, dá aulas em outras escolas e em cursinhos noturnos em troca de remuneração extra por hora/aula.
Ou será que isso não é “segunda ocupação”?
Se a pesquisa considerasse esses como “bico”, garanto que o percentual subiria para mais de 50%.
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