segunda-feira, 27 de setembro de 2021

UMA BANANA PARA O RACISMO

 UMA BANANA PARA O RACISMO 

Arranjei um tempinho para escrever sobre essa onda de preconceitos racistas que estão ocorrendo por aí. Em especial no Futebol. Aliás, não somente nesse esporte... Como em quase tudo nessas terras de Santa Cruz. 

Sinto-me bem à vontade pra falar do assunto... sou mestiço. Meu pai trazia muito acentuadamente os traços de sua descendência portuguesa; enquanto a minha mãe, marcantemente, os de sua origem indígena. 

No Brasil, o maior preconceito não é pela cor da pele; senão pela região de nascimento, pelo poder aquisitivo, pela humildade... 

Mas, isso incomoda a quem mesmo!?

Conheço gente que nasceu na roça debaixo d’um pé de cacau e galgou posições consideradas, digamos, de destaque por alguns. 

Dei risadas pelos cotovelos quando o baiano Daniel Alves descascou e comeu a banana que lhe foi jogada no campo durante uma partida de futebol realizada em um país europeu. 

Aos jornalistas, Daniel respondeu após o jogo:

“Estou na Espanha há 11 anos e há 11 anos é dessa maneira. Temos de rir dessa gente atrasada”. 

O resto e mimimi! 

E viva a diversidade! 


Souza Neto, J. A. – Nascido debaixo d’um pé de cacau, na cidade de Canavieiras, Bahia – é marinheiro, professor e membro da Academia de Letras e Artes de Canavieiras (ALAC).

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