Diógenes de Sínope, O Cínico, como também ficou conhecido, era um filósofo que viveu em Atenas.
Naquela cidade grega, tornou-se discípulo de Antístenes, antigo pupilo de Sócrates. Decidiu perambular pelas ruas de Atenas como um mendigo, fazendo da pobreza extrema uma virtude. Sua casa teria sido um grande barril. Andava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia. Dizia estar procurando por um homem honesto.
Tempos depois, foi viver em Corinto, onde continuou a buscar o ideal Cínico da auto-suficiência: uma vida que fosse natural e não dependesse das luxúrias da civilização. Por acreditar que a virtude era melhor revelada na ação e não na teoria, sua vida consistiu duma campanha incansável para desbancar as instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.
O Cinismo de Diógenes nada tem a ver com o conceito pejorativo de pessoas sem pudor, indiferentes, falsas ou descaradas. O Cinismo é uma corrente filosófica que parte do princípio de que a felicidade nada depende do externo ao indivíduo. O mais importante representante dessa corrente foi Diógenes.
Diógenes teria sido aprisionado por piratas e vendido como escravo. Um homem com boa educação chamado Xeníades o comprou. Logo ele pôde constatar a inteligência de seu novo escravo e lhe confiou tanto a gerência de seus bens quanto a educação de seus filhos.
São muitas as citações da vida de Diógenes. Numa delas, conta-se que um dia Diógenes foi visto pedindo esmola a uma estátua. Quando lhe perguntaram o motivo de tal conduta ele respondeu "por dois motivos: primeiro é que ela é cega e não me vê, e segundo é que eu me acostumo a não receber algo de alguém e nem depender de alguém."
Moral da história: se nosso filósofo Diógenes teve tanta dificuldade para encontrar um homem honesto na Grécia Antiga, imagina se vivesse nos dias de hoje em nossa região e fizesse o mesmo! No grupo político que aí está, então, nem se fala!
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