sábado, 2 de junho de 2012

SOBERANIA NACIONAL X GOVERNANÇA MUNDIAL (1)

A Rio+20 e as 800 mil assinaturas dos desenvolvidos

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net  
Por Guilhermina Coimbra


Decodificar o discurso significa trabalhar em benefício de todos, tentando fazer compreender os discursos competentes de autoridades nacionais e internacionais; significa tentar esclarecer e fornecer argumentos para que a população brasileira, devidamente esclarecida, mude o curso das políticas que pretendem para o Brasil.

Os brasileiros estão atentos à Rio+20.


As oitocentas mil assinaturas dos super-desenvolvidos, superalimentados e super-supridos enviadas ao Governo do Brasil expressam explicitamente a inconformação dos super-desenvolvidos, superalimentados e super-supridos, com o que consideram uma ameaça: a de se obrigarem a aceitar e a respeitar, o desejo da maior parte humanidade, aquela que ainda está, à força e por força, sub-desenvolvida, ou, em desenvolvimento eterno.


As oitocentas mil assinaturas de super-desenvolvidos, bem-alimentados e bem-supridos endereçadas ao Governo brasileiro não valem absolutamente nada: são menos de 1% do total do número de seres humanos a beira da miséria crítica, vivendo em países sub-desenvolvidos, em países famintos, em países sem água pótável, em países impedidos de construir hidroelétricas, em países impedidos de construir usinas nucleares, em países impedidos de irrigar terras áridas, em países impedidos de cultivar áreas agricultáveis, em países impedidos cultivar pastagens, em países impedidos de explorar minérios transformáveis em combustíveis, entre outras centenas de impedimentos - impostos pelos governos daqueles que firmam o documento.


Somente o Brasil tem como população 200 milhões de habitantes. Logo, as oitococentas mil assinaturas de super-desenvolvidos, bem-alimentados e bem-supridos, enviadas ao Governo brasileiro representam menos de 1% da população brasileira.


Consultem o Globo Terrestre, pesquisem nas enciclopédias, livros de geografia e verifiquem como supera em trilhões, essas vergonhosas oitocentas mil assinaturas a favor da manutenção do status quo de sub-desenvolvimento e pobreza do restante do mundo: até aqui espoliado e lesado pelos governos dos signatários do vergonhoso documento.


Toda a atenção é preciso para não arriscar ver os interessados garantirem a secessão das áreas indígenas, para se apoderarem das jazidas minerais brasileiras.


Toda a atenção é preciso, porque, segundo declarações da Ministra do Meio-Ambiente, os países subdesenvolvidos e os países eternamente em desenvolvimento não têm necessidade de melhorar o padrão de vida de suas populações, de modo a torná-lo igual aos dos Estados desenvolvidos. Segundo a Ministra o desejo de se auto-determinar e se desenvolver é que está poluindo o mundo. Para a Ministra há que se imobilizar o desenvolvimento do Brasil para que o Brasil, deixando de se desenvolver, deixe de poluir.


Não há como aceitar que o Governo do Brasil, na Conferência da Rio+20, contente interesses contrários ou impeditivos do desenvolvimento do Brasil.


As “bases políticas” descontentes aproveitariam para abandonar o a governante. Idem, com os ministros do STF os quais teriam que salvar as respectivas reputações, ou, respectivos cargos, que, em época normal, seriam vitalícios.


Não há como o Governo brasileiro arriscar ver os interessados forçarem tratados cedendo o pré-sal, ou impondo a abertura do mercado sem contrapartida eficiente e eficaz.


Toda a atenção é preciso e há que se abortar as tentativas de venais Partidos Políticos brasileiros, em troca de apoio eficaz, ceder vantagens aos interesses contrários aos interesses dos residentes no Brasil.


Isto sim, seria "o escândalo" merecedor de CPIs e quebras de sigilos bancários, porque o resto...é o resto, somente para disfarçar, e distrair a atenção sobre os verdadeiros interesses!


O Brasil merece e exige respeito!


Guilhermina Coimbra, Professora e Advogada, é Presidente do Instituto Brasileiro de Integração das Nações-IBIN e Membro da International Nuclear Law Association/INLA/Bruxelas, Bélgica, desde 1979; Mestrado em Direito e Desenvolvimento/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/PUC/RJ, Brasil; Doutorado em Direito e Economia/UGF/Rio de Janeiro, Brasil; Professora-Adjunto de Direito Constitucional, Teoria Geral do Estado, Direito Internacional, Instituições de Direito Público e Privado, Legislação Profissional e Social, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ, Brasil, 1988-2012, Participações em Livros de direito Internacional, das Editoras, Quartier Latin e Saraiva. E.mail: coimbra@ibin.com.brr Home page: www.ibin.com.br

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