sexta-feira, 26 de novembro de 2010

FALANDO DE SURF



Difícil pra mim, falar de surf...   

Quando menino, peguei muito “jacaré” nas praias de Canavieiras, mas subir numa prancha sempre foi um desafio que nunca encarei. Até aprendi vela, quando morei em São Pedro da Aldeia.  Tive um excelente instrutor  -  um Capitão-de-Corveta da Marinha Real Britânica, que era meu vizinho na Vila Naval. Mas só velejava em Laser.  Quando tentei o Windsurf, não consegui ficar de pé. Ora capotava pra trás, ora sobre o mastro e a vela.

Tive meus primeiros contatos com o surf no Rio. Quase que por acaso.  E como simples observador. 

Certa vez estava passando uns dias em Saquarema e pude assistir um pouco de uma etapa que não me lembro muito bem qual era o circuito.

Tempos depois, na época em que morava em Niterói, tinha o hábito de curtir as praias de Piratininga, Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara. Num determinado dia, tinha ido a Itacoatiara pra dar uns mergulhos atrás de garoupas e badejos e, claro, beber uma cervejinha, que ninguém é de ferro. Dei de cara com uma etapa do circuito nacional  de surf . Um visual muito legal!  Além da beleza local, algumas gatas, com suas silhuetas perfeitas e bronzeadas, passeavam pelas cristas das ondas com suas pranchas de “bodyboard”. Um verdadeiro colírio... Saiam da água com suas pranchinhas debaixo do braço e ensaiando uma ginga que mais pareciam a Garota de Ipanema, do Tom.
 
Em outra oportunidade... Não me lembro o ano nem o dia... Tinha sido "intimado" a comparecer a uma etapa do Circuito Mundial, na Barra da Tijuca (Rio). Fui arrastado pelas minhas duas filhas, adolescentes na época. Era o motorista delas, lógico! Circo montado, palanque, arbitragem, auto-falantes, megafones, rock nos intervalos... Enfim, muita animação. Areias cheias de gente muito bonita (coisa normal no Rio).   

As ondas não estavam lá essas coisas.  O que é normal na Barra, onde o gradiente é bastante suave.  Mas isso era compensado porque as ondas estavam bastante compridas e regulares. 

A cada manobra, a galera respondia com os gestos característicos dos surfistas (o "hang loose", que ao pé da letra quer dizer "pendurado solto", mas no Hawaí significa "fique calmo"), seguido dos gritos de “uuuhhhhh!”.  E eu naquele meio com cara de bocó... mas gostando do alvoroço.
 
Falar do surf daquela época não inclui o Andy Irons, que morreu sinistramente esses dias. Não se pode dizer o mesmo do Kelly Slater.  O Slater, além dos campeonatos mundiais conquistados, havia gravado uns Rocks legais e nossa família curtia suas músicas.  Aliás, lá em casa (quando morava no Rio) só tocava Rock, de Pink Floyd a Guns & Roses. E o Kelly Slater era muito bom cantando.  Tão bom quanto em cima de uma prancha. Não sei depois... Hum... por falar em "depois", depois descrobri que as meninas me carregaram até a Barra não por causa do surf, mas por causa do Kelly Slater, sua simpatia e seu rock.

Bom... não precisa dizer que o Slater  deu um show naquele dia. Saímos da praia e durante todo o trajeto até a Tijuca (onde morávamos) comentamos sobre a perfomance do cara. Atravessamos a bela floresta do Alto da Boa Vista falando de surf.

É isso...

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